A Virada Cultural completa cinco anos. Realizada pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, tornou-se a grande festa da cidade de São Paulo. Está incorporada ao seu calendário por milhões de paulistanos que a acompanham todos os anos. Durante 24 horas ininterruptas os moradores da capital e os turistas — estima-se que, esse ano, serão algo em torno de 330 mil pessoas — se dividem entre centenas de atrações.
São shows dos mais variados ritmos: do samba-rock ao eletrônico, do rock ao romântico brega; são releituras dos discos mais significativos de importantes nomes da música brasileira; são apresentações circenses, intervenções, encontros. Das 18 horas do próximo dia 2 de maio às 18 horas do dia 3, cerca de 800 atrações irão ocupar o centro de São Paulo em 150 locais diferentes.
Aliás, essa reunião de diferentes estilos, gêneros e preferências no centro, de forma harmônica, é das características mais marcantes do evento. Carlos Augusto Calil, o Secretário Municipal de Cultura define: “A Virada Cultural tem espírito de festa múltipla e inclusiva, que promove o convívio entre as classes, gerações e gêneros. É a festa da cidade; uma celebração coletiva que ocorre principalmente na região central e faz um esforço de reocupação dessa área crítica”.
Para o Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, “a Virada Cultural é um convite ao paulistano para se apropriar da região central de forma única. Durante 24 horas, o participante do evento entra em contato com diversas manifestações artísticas e, ao mesmo tempo, vive a experiência de estar no espaço comum a todos de sua cidade”.
O diretor do evento José Mauro Gnaspini, destaca que a Virada não será menor.
“Graças ao entusiamo dos artistas e à notoriedade do evento, vamos manter o alto nível dos anos anteriores, e além da grande quantidade ações, nos superamos na qualidade das atrações convidadas. Nossa maratona de artes continua a se firmar como um apanhado representativo dos melhores programas da cidade, além de cada vez mais se abrir como palco para tournés de artistas internacionais”.
O Ano França-Brasil trará para a Cidade de São Paulo grupos e intervenções urbanas de grande formato. O programa da Virada Cultural se tornará ainda mais rico e impressionante, graças à cooperação dos organismos culturais e governamentais envolvidos no projeto de intercâmbio. Apresentações inéditas no país, de artistas de rua consagrados mundo afora, descortinam-se num percurso pelo centro velho. E além deste desfile de espetáculos de rua franceses, esta edição da Virada Cultural terá uma série de shows internacionais, seletos e em bom número.
Na abertura desta quinta edição da Virada Cultural as sirenes do grupo francês Mecanique Vivant, instaladas sobre os edifícios da região da Praça do Patriarca, darão a largada na maratona de espetáculos. O primeiro show musical, que abrirá oficialmente a sequência de atrações, será no grande palco da Avenida São João com Jon Lord e Orquestra Sinfônica Municipal. O lendário tecladista e organista do Deep Purple é figura marcante no mundo do rock e apresentará seu Concerto Para Grupo e Orquestra de 1969. No mesmo palco, subirão ao longo da noite e madrugada afora Geraldo Azevedo, Marcelo Camelo, Tim Maia Racional (apresentado por Instituto, Bnegão, Thalma e Dafé), Tribo de Jah, Cordel do Fogo Encantado, Zeca Baleiro e Novos Baianos. Maria Rita encerrará a festa.
No Largo do Arouche, o clima será outro. Dançando juntinho ou simplesmente cantando em coro, o público vai conferir as apresentações de Benito di Paula, Luis Ayrão, Wando, Reginaldo Rossi, Beto Barbosa, Wanderley Andrade, Bartô Galeno, Jane e Herondi, Silvio Brito, Odair José e Wanderley Cardoso.
O Teatro Municipal, como tem acontecido nos anos anteriores, irá abrigar consagrados nomes relendo seus trabalhos mais marcantes, da primeira à última faixa. Subirão ao palco Arrigo Barnabé e banda Sabor de Veneno (Clara Crocodilo), Egberto Gismonti (Alma), Tom Zé (Grande Liquidação), Chico Cesar (Aos Vivos), Violeta de Outono (Violeta de Outono), Cama de Gato (Cama de Gato), Fafá de Belém (Água), Francis Hime e Orquestra Experimental de Repertório (Francis Hime) e Beto Guedes (Alma de Borracha).
A Praça Dom José Gaspar, como também nos anos anteriores, apresentará o Piano na Praça. Passarão por lá: Duo Lumina, Duo Gis Branco, Vitor Gonçalves, Lulinha Alencar, Pepe Cisneros, Beto Betrami, Leandro Cabral, Edson Sant’anna, Beba Zanettini, Rafael Vernet, Délia Fischer e Mário Moita.
O Estação da Luz – 20 anos sem Raul, localizado na Rua Cásper Líbero, fará uma homenagem ao cantor e compositor Raul Seixas, morto há exatos 20 anos, e já recebe o apelido carinhoso de “Palco Toca Raul!”. As dezenove bandas que se reunirão na
Avenida Cásper Líbero farão um passeio pela carreira do cantor, tocando todos os seus álbuns, na íntegra, em ordem cronológica. O primeiro show será da banda original de Raul, Os Panteras. A programação conta ainda com as presenças do último kavernista Edy Star, Vivi Seixas (filha do cantor), Kika Seixas (ex-mulher) e do roqueiro Nasi. A última atração traz a última parceria do roqueiro baiano, com Marcelo Nova.
O Largo Santa Efigênia receberá: Anelis Assumpção, Iara Rennó, Lívia Nestrovski, Danilo Moraes, Curumim, Rockers Control, DJ Tudo, Os Pamonheiros, Banda Cayana, Leo Cavalcanti, Marcelo Jeneci, Por quê?, Bárbara Rodrix, Dani Black e Pedro Altério, Comadre Fulozinha. Trata-se de um apanhado do cena paulistana atual de novos músicos.
Na Praça da República estarão grandes nomes do rock brasileiro. Passarão por lá: Tutti-Frutti, O Som Nosso de Cada Dia, Joelho de Porco, Camisa de Vênus, Velhas Virgens, Los Goiales all Stars, MQN, Matanza, Vanguart, CPM 22, Nação Zumbi, Nasi, The Electric Sitar Experience e Central Scrutinizer Band. O destaque fica por conta deste encerramento, que trará Ike Willis, lendário cantor do grupo de Frank Zappa.
No Palco Rio Branco, o público poderá conferir as apresentações dançantes de: Sandália de Prata, Farufyno, Trio Mocotó, Clube do Balanço, Os Opalas, Sambasonics, Colomi, Balaco, Projeto Coisa Fina (Moacir Santos), Juliana Amaral e Gafieira etc e tal, Gafieira São Paulo e Havana Brasil. Os principais nomes da noite samba rock da cidade embalam a madrugada e grandes gafieiras estendem o baile durante a tarde do domingo.
A rua Conselheiro Crispiniano receberá a música instrumental em diversas de suas vertentes. Lá, se apresentarão: Choro das Três, George Petit, Daniel Latorre Hammond Trio, Ménage, Macaco Bong, Freegideira, Charles M Trio, Roto Roots, Alessandro Penezzi, Danilo Brito, Gabriel Grossi, Kleztory, Ricardo Hertz.
Haverá ainda um destaque especial para a dança. Tradicionalmente o espaço dedicado à dança na Virada, o Anhangabaú receberá a coreografia Fragile (dirigido e interpretado por Mauricio de Oliveira), Dualidade@br (com autoria do Balé da Cidade de São Paulo), La Valse (também idealizada pelo Balé da Cidade), Serenade (de São Paulo Cia. da Dança), Formas-me (de Mariana Piza), Ágape (Sopro Cia. de Dança), Só Tinha de Ser com Você (Quasar Cia. de Dança), O Animal Mais Forte do Mundo (Angelo Madureira e Ana Catarina Vieira), Pequenas Frestas de Ficção Sobre Realidade Insistente (Grupo Cena 11), Fábrica (Núcleo Omstrab), Baque da Aurora (Caracaxa), Batuntã, Les Sylphides (Corpo de Baile Jovem), Lúdico (Cia. Druw), Jogo de Dentro (Cia Danças), Enquanto Dure (Companhia de Ballet da Cidade de Niterói), Frutos da Terra (Cisne Negro Cia. de Dança), Trama (Cisne Negro Cia. de Dança), Bossa Nova (Ballet Stagium). Neste palco, no coração da festa, o dia amanhecerá ao som do lendário percussionista Guem.
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